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Foto do escritorJulia Dalcin

Escola de Japonês no Japão

Caso você já me acompanha nas redes sociais ou no youtube, já sabe da minha nova fase nessa jornada de aprendizado de japonês. Mas caso você só acompanhe o blog, ou chegou nesse post de paraquedas. Olá, seja muito bem-vindo a essa nova reflexão da minha mente.


Desde o momento em que comecei a aprender japonês, a um pouco mais de anos atrás, no fim de 2017, eu passei por diversos caminhos, desde tentar aprender sozinha, sendo autodidata, Kumon, professor particular, diversos tipos de livros e apostilas, sites, apps, etc.


Mas desde o início, quando comecei a pesquisar mais a fundo sobre pessoas que estavam nessa mesma jornada de aprendizado que eu, uma coisa era muito clara para mim, se eu quisesse seguir para o caminho da fluência de maneira eficiente, eu teria que ir para o Japão, estudar em uma escola Japonesa e ficar 100% imersa na língua por pelo menos 1 ano.


Decidida com essa escolha e também já havia expressado meu desejo de morar no Japão muitas vezes para meu marido, família e amigos, era só uma questão de vir. Por mais de 2 anos eu e meu maridos fizemos nossa pesquisa de como vir morar no Japão em conjunto com juntar dinheiro, mas em resumo dessa história vou deixar dois links aqui e aqui para poder pular a parte da mudança e irmos direto ao ponto.


Chegamos no Japão e eu ainda estava em busca da "escola perfeita" de japonês, com o método que fosse o melhor para mim, tivesse bons reviews, fosse renomada, desse um bom apoio também para as provas de proficiência de Japonês (JLPT) e também para posteriormente conseguir um emprego na minha área no Japão. Como já comentei anteriormente, com exceção da área de tecnologia, todas as áreas de emprego no Japão precisam saber um japonês no mínimo intermediário (JLPT N3).


Como eu estava com tempo para isso, considerando que todas as escolas fecharam suas matrículas no ao de 2020, busquei a escola com toda a calma que poderia encontrar naquele ano confuso que passamos.


Acabei encontrando a Shinjuku Language Institute (Shinjuku Nihongo Gakkou 新宿日本語学校), pude conhecer a escola pessoalmente antes de fazer minha escolha final, tive o suporte de matrícula todo em português (o que considero que ajudou muito na minha escolha), e me dei por decidida de que aquela seria a escola por onde passaria 80% do meu tempo no ano de 2021.



Dada a "breve" introdução, vamos alguns pensamentos que adquiri nesse primeiro trimestre estudando na escola, para que assim como eu, outras pessoas possam encontrar esse post e tomar suas próprias decisões, não só se devem ou não escolher essa escola, mas se devem ou não escolher qualquer escola de idiomas. Ainda mais por que sei que muitos estudantes de Japonês gostam de ser autodidatas (algo que admiro muito), e acabam ficando com dúvidas em relação se devem dar aquela incrementada nos estudos.

Como comentei anteriormente eu passei por diversos métodos de estudo, não pode não darem certo, mas por que eu gosto de experimentar coisas novas. E uma escola de idiomas foi algo que nunca tive oportunidade de fazer, nem mesmo de inglês na infância, todo meu estudo de inglês foi autodidata, vou deixar uns vídeos aqui que explicam mais sobre meus estudos de inglês.




Para começo é preciso explicar como funciona esse método da escola de Shinjuku o porquê deu ter escolhido ela com tanta certeza. A escola adota um método chamado "Visual Learning" ou como posso traduzir, "Estudo visual". Com o passar dos anos fui descobrindo que associação visual funciona muito mais comigo do que qualquer outro método de estudo, então, mesmo inconsciente, acabo optando sempre por estímulos visuais, com cores fortes e com imagens. O que basicamente resume o que eles chamam de "Visual Learning", o método Ezoe, criado pelo próprio professor Takayoshi Ezoe é um método onde você irá encontrar apenas nessa escola. Fugindo dos livros convencionais como Minna no Nihongo, Genki, Somatome, Marugoto e etc.


"Buscando alinhar-se a um sistema educacional ideal, acreditamos que podemos contribuir tanto para a educação da língua japonesa como também para a educação especial. Além disso, nos responsabilizando em transmitir sobre a globalização mundial, capacitando assim ainda mais o entendimento cultural entre o Japão e o mundo." Takayoshi Ezoe


Ezoe Sensei morou em diversos países focando seu método para a melhor absorção e entendimento da língua japonesa para estudantes estrangeiros e principalmente ocidentais. A descrição completa sobre o método e o "Visual Learning" vocês podem encontrar diretamente no site da escola, com suporte em diversas línguas.

Eu estou matriculada no curso intensivo, onde pretendo ficar por pelo menos 1 ano, com o objetivo de atingir o nível de proficiência N3 no fim desse primeiro ano. Independente do curso escolhido, todos funcionam no esquema trimestral, onde a cada 3 meses são feitas provas finais para saber se os alunos sobem ou não de nível. A escola possui cursos regulares e intensivos do básico ao avançado, também cursos voltados ao JLPT e "Business", com todas as aulas sendo ministradas em japonês, do básico ao mais avançado.


Após fazer um teste de nivelamento optei por entrar no nível Básico 1 do intensivo, eu tenho o nível N5 e o básico 1 da escola (na parte intensiva) comprimem matérias de N5 e N4, sendo assim existiam algumas gramáticas e vocabulários que eu ainda não conhecia. Sem nenhum erro, foi o melhor para mim seguir a partir desse nível, assim pude revisar gramáticas que já conhecia dentro do método novo, assim consegui compreender com facilidade como seria dali para frente.


As minhas considerações finais depois de estudar 3 meses e passar para o próximo nível, Básico 2, onde será finalizado a matéria de N4 e introduzido o começo do N3. O método visual me ajudou muito na construção e no raciocínio do idioma, agora consigo formular frases simples diretamente em Japonês, como já faço com o inglês. Mesmo que ainda muito básicas, isso facilita na comunicação rápida com os nativos da língua, assim não preciso de tanto tempo para pensar nas coisas mais básicas da construção da frase e principalmente na hora da colocação dos verbos, adjetivos, e tudo que forma uma oração.

Mas um ponto importante para ser levantado, nenhuma escola vai fazer tudo sozinha, em conjunto com a escola, sendo 4 horas por dia, de segunda a sexta, mantive o estudo constante em casa, fazendo os exercícios exigidos pela escola e também com estudos a parte. Com o decorrer do tempo reparei que os alunos que se mantinham em dia com os exercícios tinham evoluído muito mais rápido do que aqueles que pareciam estar mais relaxados.


Para acompanhar a aula básica é preciso sim de um conhecimento prévio de japonês, como comentei, todas as aulas são em Japonês, com as professoras usando praticamente nenhuma outra língua para as explicações. Claro que quando surgia alguma dúvida os alunos perguntavam em inglês e elas conseguiam compreender, mas toda a explicação continuaria sendo em Japonês.


Ouvir todos os dias a língua não só melhorou minha audição como também a minha pronúncia, raciocínio e fixação de novas palavras. A imersão total na língua por 4 horas por dia faz toda a diferença para o aprendizado, principalmente se são horas de estudo ativo onde você precisa prestar atenção e não só estar passivamente escutando um podcast ou vendo um vídeo.


A diferença de estar presente em sala de aula, trocando, conversando, ouvindo e falando é importante e finalmente pude experimentar isso da maneira que sempre quis.



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