Eu sei que a história do Japão não começa exatamente aqui! Mas quero cobrir primeiros os períodos mais importantes para o Japão, E o período Nara foi um deles por diversos motivos.
Você provavelmente já ouviu falar da cidade de Nara, uma viagem muito comum no itinerário de turistas que vão para Osaka e Kyoto. Eu mesma já tive a oportunidade de viajar para Nara em 2018 na minha primeira viagem para o Japão.
A cidade é principalmente conhecida pelos cervos que ficam soltos e recebendo comida de todos que aparecem. Mas não é só isso que a cidade tem para mostrar.
Rodeada também por grandes templos budistas, Nara já foi uma das capitais do Japão. De 710 á 784 a Imperatriz Genmei fundou a capital de Heijō-kyō, que hoje é chamada de Nara.
Por conta disso foi onde mais o budismo se desenvolveu, pois, o Japão estava sobre grande influência da cultura chinesa nessa época, tendo como modelo a cidade de Chang'an (atual Xi'an), capital da China no reinado da Dinastia Tang.
Apesar de muitos considerarem ela como a primeira capital oficial do Japão, nem todos consideram isso como 100% verdade. A capital do Japão ainda se moveu mais algumas vezes durante esse período, Nara permaneceu como capital da civilização japonesa até que o Imperador Kanmu estabeleceu uma nova capital, Nagaoka-kyō, em 784 e 10 anos depois foi movida para Kyoto.
Por conta da grande influência chinesa no Japão muitas coisas foram trazidas, arquitetura, religião, nesse caso o Budismo e a escrita. O budismo foi uma das principais religiões do Japão durante esse período até o Período Meiji onde a religião Shinto voltou a ganhar forças com a população. Hoje às duas religiões coexistem em harmonia.
Foi nessa época, também, que o Japão começou a estudar intensamente a escrita chinesa, mesmo já tendo sido estudo algumas formas de escritas para o Japonês a escrita chinesa foi adaptada e incorporada no Japão, os famosos Kanjis começaram a ser utilizados, e em 759 os caracteres conhecidos como Kanas (hiragana e katakana) foram criados para ajudar na escrita japonesa de acordo com a pronuncia que já existia no Japão.
Então logo começaram a surgir contos literários, poesias e documentos todos por escrito. A maioria dos poemas eram escritos apenas com Kanjis de acordo com a pronúncia, e às vezes de acordo com o significado. Por conta disso são poucas as pessoas que conseguem entender poemas e contos escritos naquela época.
Obras como Kojiki ou Furukotofumi (古事記), o livro mais antigo sobre a história do Japão antigo, foram criadas naquela épooca. E logo depois, Nihon Shoki (日本書紀), às vezes traduzido como Crônicas do Japão, é o segundo livro mais antigo sobre a história do Japão. Este livro também é chamado de Nihongi (日本紀 lit. Crônica japonesa).
Acredita-se que houve dois outros registros mais antigos, mas estes desapareceram. O imperador Tenmu, que subiu ao trono em 637 d.C., achou que todas as histórias deveriam ser preservadas. Encarregou Hiyeda no Are de realizar esta tarefa, mas o imperador morreu antes do Kojiki ser compilado. Depois de 27 anos, veio à luz o Nihon Shoki. Os dois foram editados manualmente no reinado da imperatriz Guensho (715/723), mas foi imperatriz Guenmyo (708/715) que ordenou a propagação das histórias na sua corte.
O objetivo de divulgar as histórias era provar a origem celestial do povo japonês. O Kojiki foi mantido em manuscritos por monges budistas até ser impresso pela primeira vez em 1664. O Nihon Shoki foi escrito originalmente em chinês mas o Kojiki, embora escrito na mesma língua, tinha uma sintaxe puramente japonesa, o que firmou a crença shintô no país.
Não só a escrita, mas também o código de legislação Chinês foi trazido e incorporado no Japão durante o Período Nara. O governo central também instituiu templos chamados de kokubunji nas províncias. O Tōdai-ji era o kokubunji da província de Yamato (atual província de Nara), dando mais força ao Budismo estabelecido na capital.
Assim como a maioria dos períodos o fim vem com a mudança de imperador e de capital, O período Heian (平安時代 Heian jidai) é a última divisão da história clássica japonesa, indo de 794 a 1185começou em 794, depois da mudança da capital do Japão para Heian-Kyo (atual Kyoto), pelo 50º imperador, Imperador Kanmu.
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